Em diversas cidades brasileiras, milhares de animais sadios são recolhidos das ruas e mortos todos os anos, simplesmente por não existir estrutura para abrigá-los e doá-los.
Mas este cenário já está mudando nos municípios que utilizam o Q1B (Quero Um Bicho) - um sistema pioneiro, inovador e arrojado, oferecido gratuitamente aos Órgãos Públicos, que pode ser utilizado em todo o território nacional.
Animais que seriam mortos, mesmo em perfeitas condições de saúde, estão tendo mais uma chance de serem adotados e viverem felizes.
A PEA (Projeto Esperança Animal), OSCIP idealizadora do projeto, afirma que um pouco de boa vontade dos administradores dos CCZs (Centro de Controle de Zoonoses) e dos Canis Municipais, poderá mudar radicalmente o cenário atual em curto espaço de tempo. O envolvimento das ONG’s e de estabelecimentos comerciais também é fundamental para que as mortes nas carrocinhas acabem. Lembrando que a OMS (Organização Mundial de Saúde) condena a prática adotada no Brasil, e considera a captura e morte de animais sadios um método ineficiente e oneroso aos cofres públicos.
No Q1B, os animais aptos à adoção são divulgados com fotos e detalhes como comportamento, cor, raça, sexo, idade e os dados de contato para os interessados em adotar.
Através desse sistema é possível disseminar a informação por toda a cidade, e o animalzinho não continuará isolado do resto do mundo, esperando a morte chegar.
Ana Gabriela de Toledo, fundadora da PEA, alerta: “Muitas pessoas que gostam de animais ficam inconformadas com as mortes de seres inocentes nas carrocinhas, que é realmente um verdadeiro absurdo, mas, até agora, não restavam muitas opções a não ser reclamar do descaso do poder público e da ineficiência dos CCZs. Com o Quero Um Bicho vamos ter que parar de reclamar e ajudar os animais de verdade. O primeiro passo é exigir que os CCZs comecem a utilizar essa ferramenta imediatamente.”
Para participar do Q1B, basta o responsável pelo CCZ acessar o site www.queroumbicho.com.br e seguir as instruções. Existem quatro manuais disponíveis para download, direcionados aos Órgãos Públicos, ONG’s, Estabelecimentos Comerciais e também Pessoas Físicas interessadas em ajudar, além de uma carta de apresentação para que todos possam divulgar essa poderosa ferramenta em sua cidade.
Hoje, 50 cidades já estão cadastradas no sistema.
Maiores informações:
Entrevistadas nesta matéria: Ana Gabriela de Toledo – Vice Presidente PEA (11) 8302 0185 – gaby@pea.org.br
PEA surge para defender os animais.
A PEA (Projeto Esperança Animal) é uma entidade ambiental sem fins lucrativos, com o objetivo de propiciar harmonia entre os seres humanos e o planeta. O projeto teve início em 1998, com um trabalho de conclusão de curso da então aluna Ana Gabriela de Toledo, atual vice-presidente da entidade. No segundo semestre de 2002 iniciou-se uma seqüência de reuniões com a intenção de aproximar pessoas e originar uma entidade ambiental que atuasse com determinação em busca dos objetivos do grupo. Em agosto de 2003, a PEA foi oficializada como pessoa jurídica de direito privado. Em setembro de 2005, recebeu a qualificação de OSCIP(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fornecida pelo Ministério da Justiça. Em 2007, a organização conta com sete mil ativistas cadastrados e mais de 70 mil simpatizantes em todo o país.