Manifestantes foram agredidos com pedras e pauladas - Foto:Rafaela Martins
Uma das mulheres agredidas durante o protesto contra uma puxada de animais, em Pomerode, Vale do Itajaí, continua internada no Hospital Santa Catarina, em Blumenau. Bárbara Lebrecht, 58 anos, que fraturou o fêmur após ser empurrada, no domingo, passará por uma cirurgia no final da tarde desta segunda-feira.
Ela também foi apedrejada e chutada durante a manifestação. Além dela, outros 13 voluntários de organizações protetoras dos animais ficaram feridos.
A comerciante, que integra a Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), conta que, para se proteger dos agressores, teve de correr cerca de 200 metros até o carro com o fêmur fraturado. Bárbara ainda dirigiu o automóvel até um posto de gasolina próximo ao local da Puxada, na rua Ribeirão Souto.
— Não lembro bem como foi. Só vi que me empurraram, chutaram e bateram com um pedaço de pau. Também me jogaram ovos podres. Entre a dor e o fedor que eu estava, não sei o que era pior — diz ela.
Bárbara deve ficar internada no hospital por mais alguns dias, em recuperação. Ela espera que o ocorrido chame a atenção das pessoas para a violência que envolve o evento.
— Não quero que as pessoas sintam pena de mim porque sei que vou sair dessa. A intenção é mostrar a crueldade praticada contra os animais. A puxada de cavalos é igual a uma farra do boi — afirma a comerciante.
Outra manifestante, Patrícia Luz, também teve de ser levada ao Hospital Santa Isabel. Ela foi atingida por um pau, que trazia um prego na ponta, e teve a testa perfurada. Patrícia, já teve alta, e outros colegas que sofreram lesões, devem fazer o exame de corpo de delito ainda nesta segunda-feira.
Como foi
Os integrantes das ONGs Associação dos Melhores Amigos dos Bichos (AMA Bichos) e Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu) foram agredidos, no domingo, durante uma puxada de cavalos. Cerca de 30 participantes do evento partiram para cima dos 14 manifestantes, que faziam um protesto, com cartazes, contra o uso de cavalos em provas que medem a força do animal.
Na competição, os bichos são forçados a arrastar sacos de areia de até 2 toneladas sobre um arado por 10 metros em uma pista de terra. O evento, organizado pelo Clube do Cavalo, reunia 25 participantes, 60 animais e era assistido por cerca de 200 pessoas.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados, mas chegaram cerca de 15 minutos após o protesto. Os manifestantes foram à delegacia registrar boletim de ocorrência.
Voluntária da AMA Bichos, Heike Weege, disse que a entidade irá acionar juridicamente a organização da puxada pela violência contra os membros das ONGs.
Prefeitura se opõe à violência
A partir desta segunda-feira, o município irá abrir uma discussão com os moradores sobre a puxada de cavalo, evento tradicional que ocorre todos os anos na cidade. A intenção é evitar que problemas como o de domingo prejudiquem a imagem da cidade.
O secretário de Turismo, Cláudio Krueger, lembrou que a puxada é particular e faz parte do calendário dos Clubes de Caça e Tiro, e não do calendário oficial de eventos da cidade.
— Não apoiamos este tipo de prática, tanto que não ajudamos nem na divulgação. Teremos que repensar, pois este tipo de violência traz uma imagem negativa para o município — afirmou Krueger.
Além da discussão com a sociedade, a prefeitura prepara uma nota de repúdio às agressões contra as organizações não-governamentais, que foram até o local protestar a favor do bem-estar dos animais, e à repressão contra a liberdade de imprensa, pois equipes de reportagem foram agredidas e tiveram equipamentos quebrados pelos organizadores da puxada.
Uma das mulheres agredidas durante o protesto contra uma puxada de animais, em Pomerode, Vale do Itajaí, continua internada no Hospital Santa Catarina, em Blumenau. Bárbara Lebrecht, 58 anos, que fraturou o fêmur após ser empurrada, no domingo, passará por uma cirurgia no final da tarde desta segunda-feira.
Ela também foi apedrejada e chutada durante a manifestação. Além dela, outros 13 voluntários de organizações protetoras dos animais ficaram feridos.
A comerciante, que integra a Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), conta que, para se proteger dos agressores, teve de correr cerca de 200 metros até o carro com o fêmur fraturado. Bárbara ainda dirigiu o automóvel até um posto de gasolina próximo ao local da Puxada, na rua Ribeirão Souto.
— Não lembro bem como foi. Só vi que me empurraram, chutaram e bateram com um pedaço de pau. Também me jogaram ovos podres. Entre a dor e o fedor que eu estava, não sei o que era pior — diz ela.
Bárbara deve ficar internada no hospital por mais alguns dias, em recuperação. Ela espera que o ocorrido chame a atenção das pessoas para a violência que envolve o evento.
— Não quero que as pessoas sintam pena de mim porque sei que vou sair dessa. A intenção é mostrar a crueldade praticada contra os animais. A puxada de cavalos é igual a uma farra do boi — afirma a comerciante.
Outra manifestante, Patrícia Luz, também teve de ser levada ao Hospital Santa Isabel. Ela foi atingida por um pau, que trazia um prego na ponta, e teve a testa perfurada. Patrícia, já teve alta, e outros colegas que sofreram lesões, devem fazer o exame de corpo de delito ainda nesta segunda-feira.
Como foi
Os integrantes das ONGs Associação dos Melhores Amigos dos Bichos (AMA Bichos) e Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu) foram agredidos, no domingo, durante uma puxada de cavalos. Cerca de 30 participantes do evento partiram para cima dos 14 manifestantes, que faziam um protesto, com cartazes, contra o uso de cavalos em provas que medem a força do animal.
Na competição, os bichos são forçados a arrastar sacos de areia de até 2 toneladas sobre um arado por 10 metros em uma pista de terra. O evento, organizado pelo Clube do Cavalo, reunia 25 participantes, 60 animais e era assistido por cerca de 200 pessoas.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados, mas chegaram cerca de 15 minutos após o protesto. Os manifestantes foram à delegacia registrar boletim de ocorrência.
Voluntária da AMA Bichos, Heike Weege, disse que a entidade irá acionar juridicamente a organização da puxada pela violência contra os membros das ONGs.
Prefeitura se opõe à violência
A partir desta segunda-feira, o município irá abrir uma discussão com os moradores sobre a puxada de cavalo, evento tradicional que ocorre todos os anos na cidade. A intenção é evitar que problemas como o de domingo prejudiquem a imagem da cidade.
O secretário de Turismo, Cláudio Krueger, lembrou que a puxada é particular e faz parte do calendário dos Clubes de Caça e Tiro, e não do calendário oficial de eventos da cidade.
— Não apoiamos este tipo de prática, tanto que não ajudamos nem na divulgação. Teremos que repensar, pois este tipo de violência traz uma imagem negativa para o município — afirmou Krueger.
Além da discussão com a sociedade, a prefeitura prepara uma nota de repúdio às agressões contra as organizações não-governamentais, que foram até o local protestar a favor do bem-estar dos animais, e à repressão contra a liberdade de imprensa, pois equipes de reportagem foram agredidas e tiveram equipamentos quebrados pelos organizadores da puxada.